RICARDO FRAYHA
produtor
©Nicolau Spadoni
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Teatro & Ópera | CRIAÇÃO | 2017
YOSHI OIDA
A Canção da Terra
A Canção da Terra é uma das últimas obras de Gustav Mahler, em que a angústia existencial e uma sublime grandiosidade estão em uma conjunção quase perfeita. Mahler criou quase exclusivamente sinfonias e ciclos de canções, e foram nestas formas que ele desenvolveu toda a sua singular criação, conseguindo nestes dois domínios musicais uma síntese genial e inconfundível. Mahler musicou alguns poemas chineses por encontrar uma profunda identificação com o espírito daqueles poemas. Escolhendo seis dentre os oitenta e três poemas de uma coletânea de poetas chineses, de autoria de Li-Tai-Po, Tchang-Tsi, Mong-Kao-Yen e Wang-Wei, grandes poetas chineses do século XIII. Todos estes poemas falam da Terra, da natureza e da solidão do homem no seio desses elementos. Mahler mesclou com suas experiências de vida estas histórias criando A Canção da Terra como um documento pessoal e profundamente comovente do seu último período de criação.
Yoshi Oida cria para esta obra um momento em que todo o esplendor da Terra e da natureza estão expressos. A limpeza e precisão de um jardim zen japonês é o espaço cênico ideal para esta representação, onde os dois cantores, e quatro atores representando monges em um monastério budista, exprimem toda a melancolia e tristeza pela Terra em seu declínio, momento atual em que a crise ecológica aqui surge como uma crise que atravessa a questão científica, avançando sobre o homem, senhor e destruidor da natureza. A atualidade deste tema, deste lamento por uma natureza que em todo seu esplendor esta se esgotando se mostra inteira nos poemas chineses e nas imagens cênicas criadas por Yoshi Oida.
YOSHI OIDA
Nascido no Japão, é ator, diretor e autor radicado em Paris. Teve formação no teatro tradicional japonês, antes de ir para França, em 1968, onde integrou o grupo de Peter Brook, participando de muitos dos seus espetáculos mais importantes. Alguns anos depois começou a dirigir peças e óperas no mundo todo, usando uma combinação única das técnicas orientais e ocidentais de teatro. Oida é aquilo que seu mais conhecido livro sugere em seu título: um ator errante. Se imortalizou junto ao diretor inglês Peter Brook, através das diversas peças que fizeram juntos, mas também pelos filmes em que participou, como na versão cinematográfica do Mahabharata de Brook, além de O Livro de Cabeceira, de Peter Greenway e mais recentemente Silêncio, de Martin Scorcese. Os seus livros sobre técnicas de interpretação, Um Ator Errante, O Ator Invisível e Artimanhas do Ator, se tornaram antológicos e foram traduzidos em diversas línguas. Aclamado na França, onde vive, foi condecorado com os títulos de Chevalier (1992), Officier (2007) e Commandeur (2013) de l'Ordre des Arts et Lettres.
A CANÇÃO DA TERRA
de GUSTAV MAHLER
direção YOSHI OIDA
regente ÉRICA HINDRIKSON
cenário e figurino TOM SCHENK
iluminação HENRY VAN NIEL
diretor assistente SAMUEL VITTOZ
coordenação musical RICARDO FUKUDA
regente assistente ANDREY IVANOV
pianista correpetidor HELDER CAPUZZO
com
mezzo-soprano MASAMI GANEV
tenor MIGUEL GERALDI
orquestra ENSEMBLE INSTITUTO FUKUDA
monges FABRÍCIO LICURSI, GUM TANAKA, JIMMY WONG, TOSHI TANAKA
diretor técnico JULIO CESARINI
assistentes de produção MARIANA MASTROCOLA
diretora de palco LARA BORDIN
coordenadora de luz PATRÍCIA SAVOY
operador de luz IGOR SANE
coordenador de som RODRIGO GAVA
operador de som DANILO CRUVINEL
cenotécnicos ENRIQUE CASAS, FERNANDO ZIMOLO, RAFAEL DE ALCÂNTARA, WANDERLEY WAGNER DA SILVA
projeto gráfico ÉRICO PERETTA
produção CENACULT PRODUÇÕES, PROD.ART.BR
diretores de produção JULIA GOMES, RICARDO FRAYHA, RICARDO MUNIZ FERNANDES
apoio Fundação Nacional de Artes – Funarte, Fundação Japão
Realização: Sesc SP
Sesc Pinheiros
São Paulo, SP, Brasil
16/12/2017 a 14/01/2018