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SOBRE

Ricardo Frayha é produtor e gestor cultural. Baseado em Berlim, desde junho de 2022 é gerente de produção do Berliner Festspiele. Nascido em Poços de Caldas, MG, em 1985, possui o título de Mestre em Artes (2010) pela Universidade de Leeds, na Inglaterra.

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Começou sua carreira profissional na tetralogia Asfaltaram a Terra (2006), de Gerald Thomas, e posteriormente ao lado dos produtores Ricardo Muniz Fernandes e Matthias Pees como produtor executivo em diversas coproduções internacionais no Brasil, colaborações entre artistas estrangeiros e brasileiros, como: O Anjo Negro de Nelson Rodrigues com a Lembrança de uma Revolução: A Missão Heiner Müller (2006), dirigida por Frank Castorf; Chácara Paraíso (2007), de Stefan Kaegi e Lola Arias; a ópera O Navio Fantasma (2007), no Teatro Amazonas em Manaus, e Trem Fantasma (2007), em São Paulo, ambas criações de Christoph Schlingensief; a remontagem nacional de Super Night Shot (2007), do coletivo Gob Squad; Paraíso sem Consolação de Constanza Macras; Hamletmáquina (2009), dirigido e apresentado por Dimiter Gotscheff; o projeto X Moradias (2009), idealizado por Matthias Lilienthal apresentando performances em apartamentos residenciais por artistas como Rodrigo Garcia, Richard Maxwell (New York City Players), Nurkan Erpulat, Gesine Danckwart, Simon Will (Gob Squad), Enrique Diaz, Daniela Thomas, dentre outros.

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No mesmo período a produtora foi responsável pela vinda e produção de diversas apresentações internacionais no Brasil, como Big in Bombay (2007) de Constanza Macras | DorkyPark; a montagem de Os Persas (2008), do Deutsches Theater Berlin, dirigida por Dimiter Gotscheff; Epístola aos Jovens Atores (2009), de Olivier Py, produção do Odéon-Théâtre de l'Europe; Segredos da Humanidade (2010), de Akaji Maro com a companhia japonesa Dairakudakan; Ocupação Mapa Teatro: Micropolíticas y Poéticas (2011), retrospectiva da companhia colombiana Mapa Teatro; Te Haré Invencible Con Mi Derrota (2010), de Angélica Liddell; As Três Irmãs (2010), dirigida por Wajdi Mouawad, para citar algumas.

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Estabeleceu uma parceria longa com Robert Wilson, sendo um dos iniciadores da turnê brasileira de Quartett (2009), dirigida por Wilson, com a atriz francesa Isabelle Huppert encabeçando o elenco, em São Paulo e Porto Alegre. A colaboração foi seguida pela seleção para participar do International Summer Program (2011), residência comandado por Wilson no seu Watermill Center em NY, e pelas consecutivas turnês de produções suas no Brasil, como A Ópera dos Três Vinténs (2012) e Lulu (2012), ambas produções do Berliner Ensemble, assim como a remontagem nacional de A Dama do Mar (2013) em que dirigiu pela primeira vez um elenco brasileiros. Foi diretor de produção de Garrincha – uma ópera das ruas (2016), comissionada pelo Sesc São Paulo, se tornando a primeira criação integralmente brasileira de Robert Wilson, assim como para as apresentações de Conferência sobre Nada (2017), de John Cage, dirigida e atuada por Robert Wilson. 

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Em 2011, sediou-se em Berlim, onde trabalhou por cinco anos como produtor responsável pelas turnês nacionais e internacionais da companhia de teatro-dança Constanza Macras | DorkyPark. Neste período foi responsável por quatorze produções do repertório da companhia, contabilizando mais de setenta turnês em quase trinta países: além da Europa, produziu turnês na Coreia-do-Sul, China, Índia, Sri Lanka, Palestina, Líbano, Egito, Moçambique, África do Sul, Argentina, dentre outros países, frequentemente colaborando com os principais teatros e festivais da Alemanha como o HAU (Hebbel-am-Ufer), Schaubühne am Lehniner Platz, Maxim Gorki Theater, Thalia Theater, Kampnagel, Hellerau – Europäisches Zentrum der Künste, Theatre Freiburg, tanzhaus nrw Düsseldorf, Tanz im August, Tanzplattform Deutschland, dentre outros, além de internacionais como o Seoul Performing Arts Festival, Guangdong Dance Festival, Wiener Festwochen, Zürcher Theatre Spektakel, Théâtre Forum Meyrin, LAC - Lugano Arte e Cultura, Romaeuropa Festival, Dansens Hus Stockholm, Dansens Hus Oslo, BIPOD (Beirut International Platform of Dance), Ramallah  Contemporary Dance Festival, Attakkalari India Dance Biennial, Dance Umbrella Johannesburg, MAC Créteil, Le Quartz, La Filature, Serbian National Theater, Trafó Budapest, Nová scéna Praha, Théâtre de Liège, Tramway Glasgow, FIBA (Festival Internacional de Buenos Aires), para citar alguns.

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De 2015 a 2021, ao lado de Ricardo Muniz Fernandes, foi diretor e responsável pela produtora paulistana prod.art.br, servindo de diretor de produção, curador e iniciador de diversas apresentações e projetos internacionais no Brasil como Anohni and the Ohnos (2015), performance que trouxe aos palcos a cantora Anohni (então Antony and the Johnsons) com o lendário dançarino de butô Yoshito Ohno, celebrando seu pai, Kazuo Ohno; As Memórias de um Senhor (2016), dirigida por Olivier Dubois com participantes locais, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro; As Criadas (2017) dirigida pelo polonês RadosÅ‚aw Rychcik e também A Canção da Terra (2017), com direção de Yoshi Oida, ambos com elenco e equipe brasileiras; a exposição Living Theatre, presente! (2017), celebrando o coletivo nova-iorquino, onde a performance Despertar Elétrico foi desenvolvida por membros do Living Theatre juntamente com participantes brasileiros; também do ciclo de atividades Strike Your Own Pose (2017) com a lenda do Vogue, o dançarino Jose Gutiérrez Xtravaganza e encontros com o diretor russo Anatoli Vassiliev, em São Paulo. Ainda como diretor de produção esteve envolvido nas apresentações de La Despedida (2018), do Mapa Teatro, e Estado Vegetal (2018), da chilena Manuela Infante, ambos no festival Mirada, em Santos. Foi também produtor responsável pelas apresentações locais de Cinco Dias em Março (recriação) (2018), de Toshiki Okada / chelfitsch.

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Em 2019 foi diretor de produção da exposição William Forsythe: Objetos Coreográficos no Sesc Pompeia apresentando tanto obras icônicas como inéditas do coreógrafo. No mesmo ano foi produtor responsável pelas apresentações em São Paulo de Flexn (2019), produção do Park Avenue Armory de NY, uma colaboração entre o coreógrafo Reggie (Regg Roc) Gray e o diretor Peter Sellars, apresentando pela primeira vez um trabalho seu no Brasil. 

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Desde 2016 é também responsável pela produção internacional da companhia Ultralíricos de Felipe Hirsch, em suas apresentações fora do país, apresentando em teatros e festivais na Alemanha, Portugal e Chile. Também com Hirsch esteve envolvido nas produções de Lazarus (2019), e Língua Brasileira (2020), colaboração com o músico e compositor Tom Zé. Produziu a ópera Orphée (2022), de Philip Glass, dirigida por Hirsch no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

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Em 2021 foi o gerente de produção de A Divine Comedy, projeto da austríaca Florentina Holzinger, comissionado pela Ruhrtriennale, produzindo também suas apresentações no Volksbühne Berlin, Staatstheater Kassel, Tanzquartier Wien e deSingel na Antuérpia.

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​Em paralelo a sua carreira profissional, participou de residências e workshops em diversas instituições internacionais como: o International Summer Arts Program (2011), coordenado por Robert Wilson no The Watermill Center, em NY; no Biennale College Teatro, programa da Bienal de Veneza, com Jan Lauwers | Needcompany (2014), e com Willem Dafoe (2016); esteve envolvido na residência École Nomade (2015) comandada por Ariane Mnouchkine e membros do Théâtre du Soleil, no Bergmancenter na ilha de Fårö, Suécia. Também participou de workshops com Yoshito Ohno (2017), no Kazuo Ohno Dance Studio em Yokohama, Japão; assim como no LAB Escénico com o diretor polonês Krystian Lupa (2018) dentro da programação do Festival Santiago a Mil, no Chile. Foi participante do The Visitors Programme of the Federal Republic of Germany (2022) convidado pelo MInistério das Relações Exteriores em paralelo ao festival Theatertreffen, e também participou do Producer's Academy (2022) em Bruxelas, junto a outros 19 produtores internacionais durante o festival Kunstenfestivaldesarts. 

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