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Dança | TURNÊ | 2018

TAKAO KAWAGUCHI

A Dançarina Doente

Um passo dentro de A Dançarina Doente de Tatsumi Hijikata, e logo vai engoli-lo em seu vasto labirinto de palavras inquietantes. “Mantenha esse medo na gaiola dentro de você e cuide muito bem dele", disse Hijikata certa vez à dançarina de butô Tomomi Tanabe, para quem essas palavras tornaram-se uma tábua de salvação. Décadas mais tarde, Tanabe pediu ao ainda jovem artista Takao Kawaguchi para se juntar a ela no projeto de dissecar este livro sagrado do butô. Usando a palavra “tatami” como sua bússola, os dois exploradores viajam através das “lições da princesa doente e fraca”, levando você “às trevas do outro lado que ninguém conhece, um começo ou uma ressurreição”.

Takao Kawaguchi


 

Entre 1977 e 1978, as obras literárias de Hijikata saiam em séries na revista Shingeki e mais tarde, em 1983, foram publicadas em forma de livro pela editora Hakusuisha. Em Minha Juventude, Hijikata retrata, através dos olhos de um garoto chamado Kunio, o que ele havia observado e vivenciado em sua terra natal, Akita, exalando um charme misterioso através de seu estilo único. Nem o tempo nem o lugar são especificados, mas seus escritos estão profundamente imbuídos de um sentido da passagem das estações e da natureza. Tampouco poderiam ser estritamente considerados um livro de memórias ou um estudo autobiográfico, mas cristalizariam em forma de etnografia. Intimamente ligados ao Butoh-fu, uma série de notas coreográficas que Hijikata criou na década de 1970, são escritos desencadeados durante o Butô do Butoh-fu, como concebido por Hijikata.

Takashi Morishita (Arquivo Tatsumi Hijikata, do Centro de Pesquisa de Artes e Administração Artística da Universidade de Keio, Tóquio)

 

TAKAO KAWAGUCHI

Entrou para o coletivo Dumb Type em 1996. Mais tarde, no ano 2000, iniciou seu trabalho solo, e desde então tem explorado performances ao vivo cruzando as fronteiras do teatro, dança, artes visuais e artes plásticas, colaborando com artistas de diferentes disciplinas. Começou em 2008, uma série de performances solo com Uma vida perfeita, a sexta obra foi apresentada no 5º Festival Yebisu Eizo no Tokyo Metropolitan Museum of Photography, em 2013. Recentemente ele abraçou o butô em A Dançarina Doente (2012) e Sobre Kazuo Ohno (2013). Tendo sido este último nomeado para o NYC Bessie Award, em 2016, e tendo apresentado em diversos teatros e festivais pelo mundo, como na Bienal Sesc de Dança (Campinas), Tanz im August (Berlim), Festival d’Automne (Paris), Kunstenfestivaldesarts (Bruxelas), dentre outros. 

A DANÇARINA DOENTE

com textos de Yameru Maihime (Dançarina Doente), de Tatsumi Hijikata | Coreografia e dança: Tomomi Tanabe, Takao Kawaguchi | Texto: Tatsumi Hijikata | Som: Tzvasa Wada | Vídeo: Naohiro Yoshida | Figurino: Noriko Kitamura

 

Agradecimento: Arquivo Tatsumi Hijikata (no  Centro de Pesquisa de Artes e Administração Artística da Universidade de Keio) | Cooperação: Joshibi Universidade de Arte e Design, NPO Dance Archive Network

 

 

Produção no Brasil: prod.art.br | Diretores de produção: Ricardo Muniz Fernandes, Ricardo Frayha | Diretor técnico: Julio Cesarini | Técnico de luz: Igor Sane | Técnico de som e vídeo: Rodrigo Gava | Produtora executiva e intérprete: Karina Sato

Realização: Sesc São Paulo

Sesc Avenida Paulista

São Paulo, SP, Brasil

14 e 15/08/2018

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